terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Parábola da Conexão Perdida

Houve um tempo em que a CONEXÃO era total – full time. Todos os softwares eram hiper avançados. O sistema era perfeito.

Não havia vírus, nem antivírus. Os downloads eram ilimitados. As máquinas trabalhavam em capacidade e velocidade máxima, sem panes, sem queda de energia, sem perda de conexão. O acesso era irrestrito a todos os conteúdos perfeitos do universo, de graça e em tempo real. O Bondoso Programador desenvolveu algo espetacular; muito bom.

Mas, as máquinas (que tinham lá a sua inteligência) livremente, espontaneamente, deliberadamente e conscientemente acessaram sua própria destruição por conta e risco. Foram atraídas pelo brilhante ícone do orgulho e decididamente clicaram no egoísmo e na inveja. Rebelaram-se contra o Bondoso Programador do sistema que fez tudo com meticulosa perfeição e carinho.

O resultado? Vírus! Um vírus corrosivo, destruidor, mortal, que se espalhou por todo o HD, de todas as máquinas, travando cada uma delas. O que era perfeito foi infectado. Automaticamente um mecanismo de autodestruição progressiva foi acionado e tomou conta de todo o sistema de forma irreversível.

Fatalmente as máquinas perderam a conexão com o Servidor por período indeterminado e foram fadadas à destruição, no lixão das máquinas. Todavia, o Bondoso Programador resolveu dar o único jeito possível para recuperar os softwares infectados. Fez o Servidor, transformar-se em Servo para salvar a conexão. O Servidor puxou para si todo o vírus de todo o sistema, de todas as máquinas e se deixou destruir pelo mesmo. Ele sugou tudo e ficou com todo o prejuízo de todos os softwares...

Mas o Servidor era filho do Programador. E o Bondoso Programador revitalizou o Servidor do meio do lixão das máquinas dando início a um novo tempo, e outorgou a Ele toda capacidade e poder para reprogramar e reconectar todos os softwares destruídos, infectados, e desconfigurados, bastando um simples "enter" de vontade e fé de cada software: simples assim.

Pressionar livremente e convictamente a tecla “Enter” para entrar em conexão novamente com o Servidor. Um “enter” de arrependimento e fé para salvar a conexão e, por que não dizer, a própria existência.

Texto do Pr. Marcelo Ferreira, da PIB Piracicaba, publicado com autorização.

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